Categoria: Culture > Philosophy and ethics
A parábola dos seis homens cegos e o elefante é um apelo de que a Ponte da verdade é relativa. Quão seguro está de que a verdade absoluta não existe?
Fixar o alvo
Uma vez que as distrações mais poderosas são as nossas emoções e por causa das nossas distrações emocionais a nossa mente poderá ficar perdida em ruminações, repetindo círculos de preocupações, numa ansiedade crónica. Então, as pessoas que são mais focadas conseguem resistir a não vaguear a mente, tendo assim uma capacidade no âmago da reflexão mais profunda.
As múltiplas dependências e fidelidades
- Ao atravessar a Ponte encontra alguma coisa superior ao homem
- Deus ou Estado.
- Se é Deus, integra num domínio normativo.
- Se é Estado, integra num domínio normativo.
- Logo, há múltiplas dependências.
- E se considerar o chefe político como a encarnação divina?
- Então, integra num domínio normativo.
- Logo, há múltiplas dependências.
Ponte bomba-relógio.
- Justifica infligir dor intensa a uma pessoa se isso evitar a morte e o sofrimento em larga escala?
Uma Ponte que soma a satisfação.
Um grupo de Cristãos devorados por leões no Coliseu Romano, incluindo, homens, mulheres e crianças
- Se houver um número suficiente de romanos a retirar prazer suficiente do espetáculo violento, não haverá razão de proibir?
Ponte para maximizar o prazer e minimizar a dor.
- Ao decidir que leis ou políticas promulgar, um governo deve fazer aquilo que maximize a felicidade da comunidade?
Ponte com paladar perturbante.
ab absurdo
Na lógica emprega-se o método ab absurdo quando, para demonstrar uma verdade, se principia por supor um princípio contrário àquele que se propões e, raciocinando nesta suposição, se chega a uma consequência que a razão não pode admitir.
A falta de sentido num mundo ateísta
“Sou uma parte insignificante do grande todo.
É verdade; mas todos os animais condenados a viver,
Todas as criaturas sensíveis, nascidas sob a mesma lei,
Sofrem como eu e como eu também veem a morrer.
O abutre agarra-se à sua tímida presa
E fere com o bico sanguinário os membros trémulos:
Tudo vai bem, assim parece, para ele. Mas depois
Uma águia despedaça com suas garras o abutre;
A águia é trespassada pela seta do homem.
O homem, prostrado no pó dos campos de batalha,
Misturando na agonia seu sangue aos dos semelhantes,
Passa a ser por sua vez alimento das aves famintas. 
E assim o mundo inteiro geme em cada um dos membros:
Todos nascidos para o sofrimento e a morte comum.
E com relação a este caos terrível direis:
Os males de cada um fazem o bem de todos!
Que bem-aventurança! E quando, com voz tremula,
Mortal e lastimosa proclamais, ‘Tudo vai bem’,
O universo vos desmente e vosso coração
Contradiz cem vezes o conceito de vossa mente…
Qual o veredicto da Mente Suprema?
Silêncio! O livro do destino está fechado para nós.
O homem é um desconhecido para si próprio;
Não sabe de onde vem nem para onde vai.
Átomos atormentados num leito de lama,
Devorados pela morte, um escárnio do destino.
Mas átomos pensantes, cujos olhos de ampla visão,
Guiados pelo raciocínio, estudaram as estrelas.
Nosso ser confunde-se com o infinito.
A nós mesmos nunca chegamos a ver ou conhecer.
Este mundo, este palco de orgulho e de erros,
Está apinhado de tolos que falam em felicidade…
Houve tempo em que eu cantei em tom menos 
lúgubre,
As alegrias do império jovial dos prazeres;
Os tempos mudaram e, com a experiência da idade,
Participando da fragilidade do género humano,
Procurando um luz entre a escuridão crescente,
Posso apenas sofrer, porém, não me lamentarei.”
(Voltaire, O Poema sobre o Desastre de Lisboa de Voltaire)
Porque é Assim! 